Projeto
A UGT acompanha o problema do VIH/SIDA, que há muito deixou de ser apenas um problema de saúde pública, para assumir contornos preocupantes no mundo do trabalho. A SIDA é assim uma questão laboral, não só porque é responsável pela perda de trabalhadores/as experientes e qualificados, pela sua estigmatização e discriminação, mas também porque o local de trabalho é o local privilegiado para a disseminação de informação, bem como pelo incremento do diálogo e de parcerias entre sindicatos e empresas, imprescindíveis para a obtenção de uma estratégia eficaz que responda às necessidades prementes e adequadas à prevenção da exclusão, estigmatização e proteção social destes trabalhadores.
A UGT está preocupada e empenhada no combate à ameaça dos direitos fundamentais, nomeadamente pela discriminação de que são vitimas os/as trabalhadores/as e as pessoas que vivem com o HIV/SIDA ou que por ele são afetadas. Os problemas do medo e falta de informação continuam a obstar à eficaz resolução do problema. A discriminação deriva do facto das pessoas sentirem medo de serem infetadas e desconhecerem as reais formas de transmissão da doença – é importante realçar que o “VIH não se transmite por contactos laborais”. Não deixa de ser preocupante o nível de conceções erradas quanto ao modo de transmissão que se verificou num inquérito a portugueses, em que 30,4% consideravam que a infeção se transmite pelo beijo, 29,5% pelo uso das casas de banho, 29,5% pela picada de inseto, 22,7% pela tosse e espirro, 18,1% pela comida e talheres e 5,3% pelo aperto de mão.»