23 maio 2017
Voz da FNE foi ouvida. ME marca reunião para 6 de junho
No final da vigília Pela Educação promovida pela FNE ontem em frente ao Ministério da Educação (ME), a tutela enviou à federação um ofício com a convocatória para uma reunião no próximo dia 6 de junho, pelas 16h30.
A determinação e a força das reivindicações da FNE deram resultado. Apesar de ter sido positivo o facto de o ME ter respondido ao pedido de reunião formulado pela FNE e de a própria agenda da reunião ser constituída por temas propostos pela federação sindical, lamenta-se o excessivo prazo com que a reunião é marcada: apenas no dia 6 de junho.
Neste encontro a FNE vai insistir na necessidade de serem definidos compromissos claros em relação a processos negociais que garantidamente conduzam a mudanças significativas em matéria de reconhecimento e valorização dos profissionais da educação, sejam docentes ou não docentes.
Recorde-se que durante a vigília, a FNE chegou a afirmar avançar para uma greve, caso não obtivesse “respostas concretas” do Governo até ao final do ano lectivo.
Após a entrega de uma carta no Ministério da Educação, onde a FNE enumerava quatro grandes exigências: combate à precariedade, um regime de aposentação específico para professores, a organização do tempo de trabalho e o descongelamento das carreiras, o Secretário-geral, João Dias da Silva, afirmou aos jornalistas que “se não houver respostas concretas, que sejam importantes, que sejam significativas para a vida dos professores, a greve estará em cima da mesa e se a fizermos em conformidade com a estratégia de outra organização sindical, a FENPROF, da nossa parte existe disponibilidade para articular o sentimento que trazemos das escolas de insatisfação dos professores, de necessidade de mudanças.”
O Secretário-geral da FNE afirmou ainda durante a vígilia que a marcação da greve estava dependente do ministro Tiago Brandão Rodrigues em abrir ou não as portas aos sindicatos para o diálogo. João Dias da Silva disse que “a melhor greve é a que não se faz” e que não quis que o ME tivesse “a sensação” de que os sindicatos estão a ameaçar com greve.
“O senhor ministro da Educação é que sabe se quer ter esta greve ou não. Se não quer ter esta greve tem de dar respostas concretas em relação ao futuro destes profissionais”.
A vigília contou também com a presença do Secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, e com o Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, que nas palavras dirigidas aos professores e dirigentes sindicais que ali se encontravam lançou o desafio ao ministro da Educação para que abra as portas aos sindicatos da UGT para o diálogo e à negociação.
“Em nome da estabilidade e da paz social, reforçamos o desafio ao Ministério da Educação: queremos reunir, mas queremos reunir com consequências, com compromissos assumidos”, afirmou.
Intervenção do Secretário-geral da FNE, João Dias da Silva
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