A UGT aceita discutir os problemas da produtividade e da competitividade da nossa economia, como sempre o fez, reconhecendo a sua importância para o País, mas não esquecemos as décadas de aumento da produtividade sem o correspondente aumento dos salários, que o Governo bem reitera nos documentos que enquadram a discussão deste tema. 

Para a UGT, o que deve resultar da discussão em sede de concertação social são compromissos claros no sentido de, por um lado, corrigir as acentuadas injustiças passadas na distribuição de rendimentos e, por outro, garantir no futuro aumentos reais de salários e rendimentos do trabalho que nos façam convergir com os nossos parceiros europeus. 

Com medidas de incentivo à negociação coletiva; com o fim de uma política fiscal que continua a colocar (e de forma crescente) o grosso do peso dos impostos sobre os rendimentos do trabalho; com uma efetiva penalização das políticas de verdadeiro dumping salarial, de concorrência desleal e de injustificada disparidade entre altos e baixos salários.   

A UGT espera que, nesta área fulcral para a dignificação do trabalho, o Governo, mas sobretudo as confederações patronais, cumpram com o verdadeiro espírito da concertação social.  

A dignidade dos salários é parte essencial da concretização de uma verdadeira agenda do trabalho digno para os trabalhadores portugueses. 

Esse é o objetivo da UGT. Esse deve ser o objetivo da concertação social e de Portugal. 

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