No dia antes do Secretariado Nacional em Oliveira do Hospital, a UGT promoveu um conjunto de encontros com o município e o call-center da Altice, auscultando os principais atores sociais e económicos da região.

No encontro com o Presidente da Câmara Municipal, José Carlos Alexandrino, a delegação sindical, que integrou o presidente da UGT-Coimbra, levou ao executivo camarário as suas preocupações com os trabalhadores da administração local, bem como as preocupações relativamente à perda de centenas de postos de trabalho em várias empresas da região, afetadas pelos incêndios de outubro de 2017.

O encontro com a representação sindical da UGT foi bem vista pelo Presidente da Câmara, que durante a reunião teve oportunidade de expor a situação de retoma económica da região após o flagelo dos incêndios e de se congratular pela postura assumida pela central sindical de sensibilidade social e de aproximação aos problemas das pessoas e das populações.

Durante a tarde, a comitiva sindical deslocou-se ao call-center da Altice e Randstad, que emprega cerca de uma centena trabalhadores em Oliveira do Hospital. Na reunião, o secretário-geral do SINDETELCO, José Arsénio, congratulou-se a instalação desta unidade no interior do país com a criação de postos de trabalho e fixação de populações. Neste encontro a UGT contactou com os trabalhadores e tomou conhecimento das suas condições de trabalho.

O dia terminou com a visita a empresas afectadas pelos incêndios, uma delas dedicada à produção de têxteis que perdeu 15 milhões de euros e que contava com 50 postos de trabalho. Nesta empresa, o Secretário-geral da UGT falou com o empresário que lhe deu conhecimento da situação de discriminação que se sente vítima face aos apoios dados a empresas afectadas pelos fogos de outubro, em relação àquelas que sofreram danos no incêndio de Pedrogão Grande.

Perante esta situação, o Secretário-geral considerou que “não faz sentido tratar uma empresa que ardeu do lado de lá da serra, em junho, com comparticipações do Estado de 85%, e esta neste território apenas com 70%”.

Para o líder da UGT, a diferença de comparticipação no apoio leva a que haja um “grau de desigualdade e discriminação que não faz sentido”, referindo que a central sindical irá “apelar ao Primeiro-Ministro para que haja uma resolução” desta situação. “Nós queremos que os trabalhadores desta empresa voltem ao seu posto de trabalho, e para voltarem aos seus postos de trabalho é preciso comprar máquinas. Apoiaremos os empresários que queiram criar emprego”.

Veja o dia da UGT em Oliveira do Hospital