A Comissão Europeia apresentou hoje o “pacote de inverno do semestre europeu”, o qual incluiu o relatório de análise sobre a situação económica de cada Estado-membro e apreciações aprofundadas sobre os desequilíbrios macroeconómicos, designadamente de Portugal.

Na apresentação do “pacote de inverno”, o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, anunciou que a Comissão Europeia retirou Portugal da lista de Estados-membros com “desequilíbrios macroeconómicos excessivos”, sublinhando o “progresso impressionante feito pelo país no passado recente”. Nas suas palavras “a recuperação económica de Portugal acelerou bastante no último ano, com impacto muito positivo no desemprego, que está abaixo da média europeia”.

Esta é uma decisão que a UGT saúda e que constitui o reconhecimento dos enormes esforços e sacrifícios dos portugueses, sobretudo dos trabalhadores e pensionistas.

Esta é também uma decisão que vem confirmar que era possível - e mesmo necessária - uma mudança de políticas no nosso País.

A posição assumida agora pela Comissão Europeia deverá traduzir-se numa mudança da sua visão sobre a realidade portuguesa - como sucedeu já relativamente ao salário mínimo, em que reconhece a ausência de impactos negativos sobre o emprego - em questões como o mercado de trabalho e as formas de combate a fenómenos como a segmentação, em que continua inclusivamente em claro desacordo com o Governo português.

A UGT espera que o Governo mantenha e aprofunde o rumo atual e que, em diálogo com os parceiros sociais, promova políticas de crescimento económico, de criação de mais e melhor emprego, de justiça e de progresso social.