O Secretariado Executivo da UGT, reunido hoje, saúda o povo português pelo civismo com que decorreu o ato eleitoral de ontem, dia 30 de Janeiro, bem como a mobilização que os portugueses deram mostras, ao reduzir o nível da abstenção.

A UGT saúda de igual forma os partidos políticos que participaram nestas eleições, de forma particular o Partido Socialista, que foi o vencedor da noite eleitoral, alcançando a maioria absoluta na composição do próximo Parlamento.

A responsabilidade que recai agora sobre o PS deve ser galvanizadora da confiança que o país precisa para sair da crise pandémica, em que estamos mergulhados desde o início de 2020, continuando a garantir a eficácia na resposta do Serviço Nacional de Saúde, a sua melhoria e a valorização dos seus recursos humanos, sempre com a perspetiva de responder aos anseios e às necessidades dos portugueses.

De igual forma, a UGT reafirma a necessidade de estabilidade política e governativa, com o reforço do diálogo inter-partidário e com os parceiros sociais na Concertação Social, objetivando a aprovação de um Orçamento para 2022 que reflita as linhas mestras que a proposta rejeitada em Novembro de 2021 continha.

A UGT saúda ainda a disponibilidade do PS e do seu líder para discutir em sede de CPCS um acordo sobre política de rendimentos, que inclua salários, mantenha a trajetória de crescimento do Salário Mínimo Nacional, atualize pensões, introduza maior justiça fiscal no IRS, e implemente as linhas de ação previstas no Pilar Europeu dos Direitos Sociais, aprovadas no Porto em Maio de 2021.

A UGT mantém a sua disponibilidade em aprofundar a discussão sobre a Agenda do Trabalho Digno, onde alterações à legislação laboral estavam previstas, bem como a necessidade de reagendar as matérias da conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, o combate à precariedade e a dinamização da negociação coletiva e o investimento nas qualificações dos trabalhadores, como via para melhorar as condições de trabalho e de vida, bem como os fatores de competitividade para o crescimento da economia e a sustentabilidade das empresas.

A maioria absoluta do PS implica maior responsabilidade na procura de consensos e em diálogo social e político. 

A UGT não se furtará aos princípios pelos quais sempre norteou a sua ação sindical - proposição, compromisso e disponibilidade para negociar.

Importa, por isso mesmo, saudar a eleição de vários dirigentes e ex-dirigentes da UGT para o próximo parlamento, o que traduz a forma disponível e propositiva como a UGT sempre encarou a sua ação ao serviço dos trabalhadores e a visibilidade daí decorrente que esta sua atitude conquistou junto dos principais atores políticos e partidários.

Em nome dos direitos dos trabalhadores, por uma sociedade mais inclusiva e que combata as chagas da precariedade e da pobreza.

Por Portugal.

 

O Secretariado Executivo