Uma delegação da UGT, liderada pelo Secretário-geral, Carlos Silva, recebeu esta tarde na sede da central sindical o vice-presidente do Partido Social Democrata (PSD), Marco António Costa.

Esta reunião pedida com carácter de urgência pelo partido teve como objetivo esclarecer algumas das preocupações do PSD relativas às questões que têm estado em debate na opinião pública, designadamente as propostas do PS e a questão da sustentabilidade da Segurança Social.

À saída da reunião, o vice presidente do PSD transmitiu as suas preocupações face a um conjunto de propostas “pouco responsáveis” apresentadas pelo Partido Socialista sobre a sustentabilidade da segurança social. No entender de Marco António Costa o problema das contas da segurança social “só deve ser resolvido através de um amplo consenso entre os partidos do arco da governação e entre parceiros sociais, para que se encontrem as melhores soluções”.

O porta-voz do PSD teceu ainda considerações sobre a intenção dos socialistas de utilizarem 1400 milhões de euros do Fundo de Estabilização da Segurança Social para financiar a reabilitação urbana. “Este dinheiro merece a máxima cautela na sua negociação, pois são fundos que garantem o pagamento de responsabilidades sociais do Estado”. Aproveitando para referir que durante o período de assistência financeira o PSD “não tocou nesse dinheiro", Marco António Costa afirmou ainda que não encontra justificação para que o mesmo seja agora utilizado para financiar obras de construção civil.

Terminou a sua visita elogiando e justificando a necessidade desta reunião com o papel central desempenhado pela UGT enquanto parceiro social altamente construtivo nos momentos difíceis do País e pela sua exigência e responsabilidade na apresentação das suas posições.

Do lado da UGT, Carlos Silva, esclareceu que esta reunião permitiu esclarecer que o PSD não tem qualquer intenção de cortar nas pensões. Posição que, recorde-se, tinha já merecido a total oposição por parte da UGT.

Relativamente à sustentabilidade da segurança social, o líder da UGT reafirmou a sua total oposição a qualquer mexida nos cofres da Segurança Social e manifestou a disponibilidade da Central para que exista um amplo consenso em concertação social sobre esta matéria, fora do espetro de uma campanha eleitoral.