A UGT recebeu hoje na sua sede para uma reunião bilateral uma delegação da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Este encontro solicitado a pedido da confederação patronal teve como objectivo debaterem temas como o salário mínimo, a contratação colectiva e a concertação social.

Em declarações ao jornalistas no final da reunião, o Secretário-geral da UGT salientou que o valor de 530 euros definido pelo Governo para o aumento do salário mínimo a vigorar já  a partir de Janeiro, é um valor que se aproximou muito do valor proposto pela central sindical de 535 euros e que foi apresentado na sua política reivindicativa.

"Compreendemos as lamúrias das empresas, mas há uma componente social por detrás do salário mínimo que tem de ser levada em conta", afirmou Carlos Silva.

"A CCP mantém que o Governo impôs este valor, mas o Governo não o impôs. Veio ao encontro de uma sugestão moderada da UGT", acrescentou.

Para o líder da UGT, "o Governo teve a última palavra e a decisão está tomada". "A ideia agora é discitir um conjunto de matérias para ser alcançado um acordo de médio e longo prazo".

O desbloqueamento da contratação colectiva foi outro dos assuntos abordados na reunião com a confederação patronal, no qual a UGT destacou que "por influência da Troika" o número de trabalhadores abrangidos por este instrumento baixou de dois milhões em 2008 para 200 mil no final de 2013, número que, segundo Carlos Silva, se manteve nos anos de 2014 e 2015.

Para o Secretário-geral da UGT "importa haver uma reversão desta tendência".