Antecedendo os trabalhos do Secretariado Nacional, uma delegação da UGT reuniu com o Presidente da Câmara Municipal de Mação, Vasco Estrela, para a apresentação de cumprimentos mas também para dar voz e demonstrar solidariedade para com todos aqueles que naquela região foram afectados e assolados pelos incêndios de 2017.

À semelhança do que foi feitos noutros distritos do interior, a UGT descentralizou mais uma vez as suas reuniões dos órgãos nacionais e desta vez o município escolhido foi o de Mação, onde a central sindical teve conhecimento que há neste concelho uma discriminação negativa na distribuição de apoios às populações, questão que segundo o Carlos Silva será colocada em sede de concertação social e às várias tutelas.

 O líder da UGT que teve conhecimento do encerramento do Gabinete de Inserção Profissional (GIP) em Mação, em declarações aos jornalistas considerou que “independentemente das regras que foram ditadas pelo Governo, para que se encerrem os GIP” se a questão é “rentabilizar serviços e otimizar custos, então que se otimize nos grandes centros urbanos”, disse, defendendo a região do Interior.

“Há regras que têm que ser distorcidas a favor da solidariedade e da coesão territorial e social, e é por isso que vamos defender que o GIP em Mação se mantenha nem que fosse só para 50 ou 100 trabalhadores desempregados”, avançou, notando que “é um sinal que Administração Central e o Governo estão a dar em relação à valorização das pessoas e do Interior do país”, terminou Carlos Silva.

A questão da valorização do interior foi uma das questões firmadas na política reivindicativa 2018-2019 apresentada pela central sindical. Para a UGT é fundamental que seja promovido o desenvolvimento do tecido económico do interior do País e que as medidas sejam dirigidas diretamente às pessoas, garantindo um efetivo e real incentivo à sua deslocação e fixação para as regiões de baixa densidade.

Assim medidas como a redução do IRS e apoios à criação de novos empregos, o apoio à mobilidade dos trabalhadores e suas famílias em áreas como a habitação, e incentivos às empresas para a criação de emprego são medidas preconizadas pela UGT para uma política sustentada de revitalização do interior.