A UGT recebeu esta tarde na sua sede a delegação do FMI, liderada pelo chefe de missão, Subir Lall, no âmbito do processo de acompanhamento e monitorização da economia nacional.

Nesta reunião técnica a UGT fez-se representar pelo Secretário-geral Adjunto. Sérgio Monte, pela Secretária Internacional, Catarina Tavares, e os Secretários Executivos, Carlos Alves e Bruno Teixeira.

A UGT manifestou mais uma vez as suas preocupações perante aquilo que lhe parece continuar a ser o caminho que o FMI pretende que Portugal percorra, ou seja, o da austeridade, da primazia da competitividade à custa do valor trabalho, dos baixos salários e do bem- estar das pessoas, com claro desinvestimento no Estado Social.

Manifestamos as nossas preocupações numa contínua tendência do FMI em expressar, por exemplo em 2016, dúvidas quanto ao processo de consolidação orçamental, na defesa de mais desregulação laboral ou maior controlo das despesas com as pensões, numa altura em que já sentiam os efeitos positivos de um novo quadro político que introduziu uma componente social.

Em relação ao salário mínimo, a UGT voltou a acentuar as suas críticas relativamente a uma postura do FMI que continua a afastar o papel do salário mínimo e, ainda, a ignorar os estudos de impacto dos aumentos do salário mínimo em Portugal que apontam para impactos residuais em termos de emprego/desemprego.