03 maio 2017
UGT rejeita acusações de institucionalização de “cunhas”
A UGT foi confrontada com as declarações públicas da líder do CDS-PP de existir uma institucionalização de “cunhas” dos sindicatos na regularização de precários da Administração Pública e do Sector Empresarial do Estado.
Estas são afirmações graves e que merecem a veemente rejeição da UGT e não deixam de causar surpresa quando proferidas por alguém que teve já responsabilidades governativas e que, mais do que ninguém, teve oportunidade de presenciar a seriedade e a responsabilidade que a UGT e os seus sindicatos colocam em todos os processos e negociações em que estão envolvidos.
Não reconhecer a mais-valia que o envolvimento dos sindicatos pode ter na detecção, na comunicação, no acompanhamento e na resolução do problema da precariedade é esquecer o trabalho que os sindicalistas têm todos os dias nos locais de trabalho de todo o País.
Afirmar que existe uma “cunha” dos sindicatos é passar ao lado de todos os processos negociais em que estiveram envolvidos na defesa de trabalhadores precários, sindicalizados ou não.
Mais, é ignorar que quem opta por não se sindicalizar tem, ainda assim, a possibilidade de exigir a apreciação da sua situação em concreto, conforme resulta da legislação publicada.
Não envolver os sindicatos no processo de regularização seria, isso sim, esquecer e negar o papel que constitucionalmente lhes está acometido de defesa dos interesses dos trabalhadores.
Se a ex-Ministra se queria referir a alguém em concreto, deveria ter a coragem de o afirmar. A UGT não aceita ser incluída, de forma difusa, no “caldeirão” da confusão que resulta da apreciação da Presidente do CDS-PP.
A UGT deve assim reafirmar o que nos parece óbvio: que estará sempre empenhada, assim como os seus sindicatos, na resolução do problema da precariedade e que pugnará pela regularização da situação de TODOS os trabalhadores precários que o sejam de forma ilegítima e abusiva e estejam a trabalhar para satisfazer necessidades permanentes.
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