A UGT é a única central sindical portuguesa presente no encontro internacional de organizações sindicais que decorre esta quinta e sexta-feira, no Vaticano.

O encontro foi proposto pelo Papa Francisco que decidiu ouvir e debater os problemas e os desafios do trabalho enquanto desenvolvimento humano, sustentável e solidário, numa clara preocupação da Igreja com as questões do trabalho humano e da dignidade das pessoas, um repto naturalmente aceite pela UGT que está representada pelo seu Secretário-Geral, Carlos Silva, e o Secretário Executivo, José Cordeiro.

O movimento sindical far-se-á representar por 40 dirigentes dos mais variados países, dede logo o Director-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, pela Secretária-geral Confederação Sindical Internacional (CSI), Sharan Burrow, pelo Secretário-geral da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), Luca Visentini, pelo Secretário-geral da UNI Global Union, Philip Jennings e pela Confederação Sindical dos Países de Língua Portuguesa (CSPLP), Pereira dos Santos.

Na sua intervenção, o Director-geral da OIT alertou para as alterações ocorridas no mundo do trabalho. “Vivemos num tempo de aceleração do mundo do trabalho que conhecemos nos últimos 100 anos”, afirmou Guy Ryder.

Numa referência à encíclica do Papa Leão XIII, de 1891, Rerum Novarum, Guy Ryder apontou o facto de este texto manter nos dias de hoje uma grande actualidade, no que toca à necessidade de se combaterem as desigualdades e se promover a inclusão e o trabalho decente.

O Director-geral da OIT, referiu que “ainda existem mais de 20 milhões de trabalhadores vítimas de trabalho forçado e mais de 100 milhões de crianças vítimas de trabalho infantil”.

Uma efectiva globalização da solidariedade, justiça e dignidade humana são questões defendidas pelo Papa Francisco e que encontram na OIT iguais preocupações.