07 outubro 2019
UGT participa no Simpósio da ACTRAV "O Futuro do Trabalho que Nós Queremos"
A UGT, representada pela Secretária Internacional, Catarina Tavares, participou, entre os dias 07 e 08 de Outubro, em Genebra, num Simpósio sobre " O Futuro do Trabalho que Nós Queremos", promovido pela Agência de Actividades do Grupo dos Trabalhadores (ACTRAV) da Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o objectivo de discutir os desafios e as oportunidades que se perspectivam perante as mudanças que se estão a verificar no mundo do trabalho.
Tratou-se de uma iniciativa no âmbito da comemoração do Centenário da OIT. De facto, tratou-se de reflectir sobre um passado que permitiu progressos económicos e sociais e de luta continua contra a pobreza, a desigualdade e a injustiça que persistem apesar de tudo em numerosos países, mas tratou-se sobretudo de preparar um futuro que se consolida a cada dia que passa, modelando-o de forma a não deixar ninguém para trás.Este é o momento de pensar no que já se sabe sobre o futuro do trabalho e de agir no sentido de lhe dar à revolução tecnológica uma face humana.
Neste momento há muitas, muitas interrogações:
Que fazer para que o crescimento e o desenvolvimento sejam verdadeiramente inclusivos e sustentáveis? Como assegurar uma transição justa para a economia verde no quadro das alterações climáticas?
A indústria 4.0 representa um desafio para os trabalhadores e para os sindicatos. Como é que a negociação colectiva se pode adaptar à automatização e a outras tecnologias?
Que novas formas de trabalho e de relações de trabalho surgem designadamente na economia de plataforma?
Estratégias de desenvolvimento de competências, de qualificação e de capacitação dos trabalhadores. A renovada importância da aprendizagem ao longo da vida faz da formação um direito universal. Qual o papel dos sindicatos na governança do desenvolvimento de competências?
Como garantir trabalho digno e uma proteção adequada para todos inclusivamente, aos que trabalham na economia informal?
Qual o papel das instituições internacionais numa transição justa? Como assegurar a coerência política entre essas instituições? Como enfrentar os desafios globais das alterações climáticas, da demografia ou da governança do comércio mundial?
Que papel para a OIT e para as organizações sindicais face às mudanças em curso no mundo do trabalho? Quais as oportunidades, quais os desafios?
O Futuro do Trabalho é um desafio global e civilizacional. A Declaração do Centenário aprovada na Conferência Internacional do Trabalho no passado mês de Junho convida-nos a pensar de forma integrada estas e outras questões vitais para que o movimento sindical possa ser relevante para os trabalhadores do futuro, continuando a sua missão de luta contra as desigualdades e pelo trabalho digno. A declaração do Centenário convoca-nos a acreditar que apesar das novas tecnologias o futuro do trabalho pode manter a sua função social ao colocar as pessoas no centro de todas as preocupações.
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