O Secretário-geral da UGT foi recebido no dia 16 de Março pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro, num encontro onde foram abordados, entre outros temas, a proposta de transformação do Conselho de Concertação Estratégica da região em Conselho Económico e Social.

A proposta já enviada pelo Governo regional ao Parlamento visa transformar o Conselho Regional de Concertação Estratégica – que integra representantes dos trabalhadores, empregadores, sectores das pescas e da agricultura ou autarquias – num órgão mais amplo, tendo sido escutados antes da elaboração da proposta os parceiros sociais da região, nomeadamente a UGT.

No final da reunião em declarações aos jornalistas, Carlos Silva afirmou ter abordado com o líder do executivo açoriano a situação económica e social dos Açores, numa antecipação à temática que seria discutida no seminário organizado pela UGT regional (UGT-Açores) no dia seguinte, dedicado ao tema “Crescimento e emprego: perspetivas de desenvolvimento económico e social nos Açores”.

Já o Presidente do Governo regional salientou após o encontro, a questão da descida da taxa de desemprego nos Açores, lembrando que a taxa se situa agora “bem abaixo dos 9%, em 8,3% no último trimestre de 2017, por comparação aos cerca de 18% no começo de 2017”.

No dia seguinte, o Secretário-geral da UGT participou no seminário organizado pela UGT-Açores, em parceria com a Câmara de Comércio e Indústria dos Açores (CCIA) e com a Federação Agrícola dos Açores (FAA), em Angra do Heroísmo, no qual se pretendeu debater e perspetiva um novo modelo de desenvolvimento económico e social para os Açores, visando a atração de investimento, a criação de empresas e de emprego.

Durante o seminário, Carlos Silva insistiu na questão da implementação do Conselho Económico e Social na Região, bem como a Comissão Permanente de Concertação Social, afirmando que “é tempo de dar corda aos sapatos e dar lugar à sociedade civil para poder intervir, sendo parceiros, de corpo inteiro, junto do Governo regional, entre sindicatos e trabalhadores”.

Realçou ainda que os sindicatos “não são contra os empresários”, mas sim a favor dos trabalhadores, referendo que “queremos que os trabalhadores, neste país, tenham condições de trabalho, trabalho digno, com salários bem remunerados”.