A UGT marcou presença com a intervenção do seu Secretário-geral, Carlos Silva, na conferência de lançamento do Estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre “Trabalho Digno em Portugal 2008-2018: da crise à recuperação”, que teve lugar no Palácio Foz em Lisboa e que contou com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, e do Diretor-Geral da OIT, Guy Ryder.

O Secretário-geral interveio numa mesa redonda tripartida com a representação dos vários parceiros sociais empresariais e sindicais e do Governo, na pessoa do Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita. (Ver discurso do Secretário-geral UGT no link abaixo)

O estudo apresentado traça um retrato do mercado de trabalho em Portugal marcado pela precariedade dos vínculos laborais, que se manteve mesmo quando se verificou uma recuperação económica. O estudo identifica três elementos distintos que ajudaram Portugal durante o difícil processo de ajustamento financeiro na recuperação da economia e do mercado de trabalho. Em primeiro lugar, a OIT conclui que ainda antes de 2008 já tinham sido implementadas políticas de fomento à reestruturação das empresas e do sector público, de melhoria da qualidade das infraestruturas, de aumento das qualificações dos portugueses e renovação do sistema de formação.

O segundo factor que contribuiu para a retoma foram as medidas adotadas para melhorar o ambiente empresarial, garantir o acesso ao crédito, a melhoria da capacidade da Administração Pública e o aumento do salário mínimo nacional. Esta última medida permitiu, segundo a OIT, travar o agravamento das desigualdades sociais.

Por último, o diálogo social, que segundo o relatório “ainda que nem sempre tenha resultado num consenso unânime” foi um vínculo primordial para ajustar as mudanças de políticas às necessidades e circunstâncias do País.

(Fotos da Autoria da Luís Saraiva)

Leia o Relatório da OIT no link abaixo