16 setembro 2021
UGT exige Melhores Salários. Melhores Rendimentos e Menos Desigualdades
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, defendeu, esta quarta-feira, que o Governo socialista tem obrigação de aumentar os salários e propôs que o salário mínimo nacional (SMN) suba para os 1.000 euros até 2028.
A UGT aprovou, esta quinta-feira, em Secretariado Nacional, a política reivindicativa para 2022, onde defende que o salário mínimo (SMN) deveria subir para os 715 euros no próximo ano e para 1000€ até 2028.
Em conferência de imprensa, o Secretário-geral fundamentou as propostas apresentadas para o aumento da retribuição mínima com a entrada de “cerca de 49 mil milhões de euros em fundos estruturais”, nos próximos anos.
O secretário-geral da UGT defendeu a necessidade de acabar com a política de baixos salários e precariedade e sublinhou que o Governo tem de dar o exemplo, aumentando os salários dos trabalhadores da administração pública, que tiveram o último aumento em 2009.
“Este é um Governo socialista, que conta com o apoio da esquerda no parlamento, tem o dever social de fazer subir os salários”, disse o líder da UGT, acrescentando que este é o compromisso de António Costa, que assumiu no congresso socialista de Portimão que “chega de baixos salários”.
Com o bloqueamento da negociação coletiva, e o travão verificado na valorização das remunerações dos portugueses, Carlos Silva defende que a subida do SMN poderá ser uma via para alavancar os demais salários. Na conversa com os jornalistas, o dirigente sindical frisou que o aumento de 50€ reivindicado para a retribuição mínima, deveria ser aplicado a todos os trabalhadores em 2022.
O documento aprovado por unanimidade pelo Secretariado Nacional da UGT reclama também que os aumentos salariais a negociar na contratação coletiva devem situar-se entre os 2% e os 4%, nunca ficando abaixo dos 50 euros por trabalhador.
Além da valorização geral dos salários, no documento é também reivindicado o desagravamento fiscal, o alargamento da proteção social, o combate às desigualdades e melhores condições para a promoção da conciliação da vida profissional com a vida pessoal.
No seu caderno reivindicativo, a UGT aborda ainda o capítulo da proteção social, apelando ao seu reforço e alargamento. A central sindical defende a revisão da fórmula de atualização das pensões e da regra de atualização do Indexante dos Apoios Sociais (IAS). Defende ainda, o fim do fator de sustentabilidade, a melhoria da proteção no desemprego, a agilização do reconhecimento do estatuto de cuidador informal e o início da discussão sobre as profissões de desgaste rápido ou de elevada penosidade.
Numa altura em que decorrem as negociações para o próximo Orçamento do Estado, a UGT enviou a sua proposta de política reivindicativa aos partidos e aos grupos parlamentares e vai apresentá-la ao Governo em sede de concertação social.
Leia AQUI a Política Reivindicativa da UGT para 2022
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