A UGT recebeu hoje na sua sede a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para uma reunião bilateral que visou abordar a actual situação económica e os desafios para o futuro, nomeadamente as questões que preocupam as duas confederações, como as matérias apresentadas no Orçamento do Estado para 2019 e as matérias da negociação e da precariedade no sector do turismo.

No final do encontro o Presidente da CTP, Francisco Calheiros fez um balanço e destacou uma das preocupações actuais da confederação, a questão do novo aeroporto do Montijo e os atrasos na sua abertura, que considerou serem “um forte inibidor para o desenvolvimento da economia”.

Também o Secretário-geral da UGT deixou alguns alertas à delegação da CTP, numa tentativa de sensibilização dos agentes turísticos para a necessidade de combater a precariedade que, na opinião do líder da central sindical, poderá ser feita com a implementação do acordo de concertação social na “maior extensão possível”, com a redução dos contratos a termo.

Carlos Silva desafiou ainda a CTP a ir além dos 600 euros o aumento do salário mínimo nacional em 2019, destacando a disponibilidade já demonstrada pelo Ministro do Trabalho de ir além do valor apresentado no programa do Governo, caso haja entendimento entre os parceiros sociais.

Num recado claro a um dos partidos apoiantes do Governo no Parlamento, Carlos Silva afirmou que os acordos de salário mínimo nacional (SMN) em Portugal “não são efectuados, nem nunca foram no passado, por partidos políticos.”

“Nós não aceitamos a partidarização do SMN, para que os partidos políticos apresentem uma bandeira. Eu lembro que um partido político que subscreveu com o governo do PS o SMN para estes três anos, foi o mesmo partido político e os mesmos dirigentes que castigaram profundamente a UGT em 2014 quando houve um aumento do SMN dos 485€ para os 505€”.