14 junho 2018
UGT-Braga debate as potencialidades e os constrangimentos no sector têxtil
A UGT participa hoje na conferência promovida pela UGT-Braga sob o tema “Sector Têxtil – Constrangimentos Vs Potencialidades”.
A abertura desta conferência esteve a cargo do Presidente da UGT-Braga, César Campos, que no seu discurso fez uma breve síntese da evolução positiva que se tem verificado no sector têxtil, após o período da crise que afectou fortemente o sector.
De seguida, a Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT), representada por Rui Abreu, apresentou uma minuciosa caraterização do sector têxtil, na vertente da contratação colectiva e da sua aplicação no âmbito dos subsectores: dos lanifícios, da confecção, do vestuário, do calçado, etc.
A última intervenção na sessão de abertura coube à Secretária de Estado da Indústria, Ana Teresa Lehmann, que fez referência à importância do sector no volume de exportações, bem como a amplitude de inovação tecnológica demonstrada pelas empresas e a grande capacidade de adaptação demonstrada pelos trabalhadores, o que se afigura como sendo um bom prenúncio face à proximidade da designada Indústria 4.0.
Este encontro permitiu ainda aos vários oradores debater as recentes dificuldades vividas pelo sector face à concorrência internacional, as baixas remunerações praticadas, a necessidade de mais e melhores qualificações dos trabalhadores, as condições laborais e o actual estado de segurança e saúde no sector.
A sessão de encerramento contou com a intervenção do Presidente da Câmara Municipal de Barcelos, Miguel Costa, que saudou a iniciativa promovida pela união distrital da UGT e relembrou a sua participação na concertação social enquanto ex-dirigente empresarial.
A encerrar este encontro, o Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, no seu discurso referiu a importância do diálogo social e da negociação colectiva, realçando o papel fundamental que o salário mínimo assume nos sectores onde tradicionalmente é praticada uma política de baixos salários. Perante este facto, a UGT manterá como bandeira a atualização do salário mínimo. Realçou também a importância que desde sempre a UGT dedicou à qualificação dos trabalhadores, quer na sua formação inicial, quer na contínua. Por fim, o líder da UGT fez referência ao Acordo de Concertação Social, que será formalmente assinado no próximo dia 18 de junho, citando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, na sua intervenção aquando das Comemorações do Dia de Portugal: “…os portugueses preferem a paciência dos acordos, mesmo que difíceis, à volúpia das ruturas, mesmo que tentadoras.”
No dia seguinte, a comitiva de dirigentes sindicais da UGT deslocaram-se a duas empresas do sector têxtil, a P&R Têxteis e a Pedrosa e Rodrigues S.A, em Barcelos, onde tiveram a oportunidade de contactar com os empresários e com os trabalahdores, conhecendo as suas condições de trabalho.
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