Centenas de trabalhadores estiveram no passado dia 01 de Março, frente à sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, numa manifestação em dia de greve por mais aumentos salariais.

Os trabalhadores gritaram palavras de ordem de protesto, reivindicando aumentos salariais superiores aos 3,25% (aumento médio) propostos pelo banco público.

No protesto convocado pelos sindicatos filiados na UGT – Mais Sindicato, SBN e SBC – marcaram presença vários dirigentes da central sindical, incluindo o seu líder, Mário Mourão.

Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da UGT, manifestou a solidariedade da central sindical. “A UGT está solidária com a luta dos Sindicatos aqui presentes, os da UGT mas também o STEC, por isso não podia estar noutro lugar hoje que não fosse aqui”.

Mário Mourão mostrou a indignação dos Sindicatos face à proposta de revisão salarial do Banco, considerando-a “uma provocação”.

“Surpreende-nos que uma empresa que tem apresentado resultados extraordinários, acima dos mil milhões de euros em 2023, e que foi auditada pelo BCE, faça propostas de 3%”, frisou, criticando a “manipulação dos números”.

O líder da UGT lembrou que o setor bancário tem índices de produtividade “recorde”, ao nível das “suas congéneres europeias”.

“Afinal o problema não é de produtividade, provavelmente é um problema cultural de alguns gestores públicos que não têm sensibilidade social e acima de tudo continuam sem perceber que o país tomou uma nova trajetória, de recuperação e valorização dos salários”, acrescentou.

E caso da CGD, salientou, é mais gravoso, pois “além de não perceber isto, também não acata as orientações do Governo, que tutela a Caixa”, disse referindo-se ao sucedido em 2023, quando a administração da Caixa se recusou a cumprir o aumento extraordinário de 1% decretado pela tutela  para as empresas do setor público. “A Caixa está fora da caixa. Claramente não está a valorizar os trabalhadores.”

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