11 novembro 2020
UGT acompanha preocupações da CES na preparação da cimeira social de 2021
O primeiro-ministro recebeu esta quarta-feira na residência oficial o Secretário-Geral da Confederação Europeia de Sindicatos (CES), Luca Visentini, que se fez acompanhar pelos Secretários-gerais da UGT e da CGTP, Carlos Silva e Isabel Camarinha, respectivamente.
Durante este encontro, o primeiro-ministro português e o líder da CES procuraram concertar posições para as prioridades a ter em consideração na cimeira informal de chefes de Estado e de Governo da União Europeia, que terá lugar durante a presidência portuguesa, a 08 de Maio do próximo ano, no Porto, e que será dedicada ao pilar europeu dos direitos sociais.
No final do encontro, em conferência de imprensa, o chefe do governo português afirmou que é sua pretensão que saia dessa cimeira “uma declaração tripartida, que envolva as instituições europeias, os Estados-membros, os sindicatos e as confederações patronais sobre o plano de ação para a próxima década no desenvolvimento do pilar social da União Europeia”.
Por sua vez, o Secretário-geral da CES, Luca Visentini, elogiou esta prioridade da presidência portuguesa da U.E. e observou que a cimeira informal agora prevista para o Porto ultrapassa a dimensão política que teve a reunião de chefes de Estado e de Governo de Gotemburgo, na Suécia, no final da década de 90, quando foi lançado o pilar social europeu.
Ao contrário do que se passou na cimeira de Gotemburgo, segundo Luca Visentini, desta vez, na reunião de alto nível do Porto, não só dos chefes de Estado e de Governo, assim como dos responsáveis máximos das instituições europeias, estarão presentes, mas haverá igualmente uma participação ativa dos parceiros sociais.
Para o líder da CES esta iniciativa ganha especial importância porque, durante a atual crise pandémica, os salários "baixaram dramaticamente" e a diferença salarial aumentou "significativamente" na União Europeia.
Já o líder da UGT, Carlos Silva, destacou que a central sindical está filiada na CES "há 40 anos" e referiu que "subscreve as preocupações" antes transmitidas pelo secretário-geral da confederação europeia.
"Em relação à política nacional, a UGT reserva-se para dar hoje à tarde mais uma vez o seu contributo em termos tripartidos", apontou Carlos Silva, numa alusão à concertação social.
(Créditos das Fotos: Paulo Vaz Henriques/GB P.M.)
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