Os despedimentos, o lay-off e as empresas com a corda na garganta foram os temas do Fórum TSF que contou com a participação do Secretário-geral da UGT, Carlos Silva.

Na sua intervenção, o líder da UGT voltou a frisar que têm sido centenas as queixas apresentadas por trabalhadores de empresas que se aproveitam do momento para não renovarem os contratos a prazo, para despedirem, ou para fazerem alterações de horários e períodos de férias de forma unilateral.

Carlos Silva congratula-se com o facto de “finalmente a ACT estar na rua” para fiscalizar as situações de abuso. Uma reivindicação insistente da UGT junto do Governo para que a intervenção da ACT fosse uma realidade.

No Fórum TSF, Carlos Silva acrescentou ainda que espera que a reunião de hoje do Conselho Europeu seja consequente com apoios às economias europeias para o combate à crise económica provocada pela Covid-19.

A UGT apontou também falhas à ação dos bancos na crise desencadeada pela pandemia de Covid-19. Carlos Silva considera que é incompreensível que a banca não facilite o acesso ao crédito às empresas em dificuldades.

O dirigente sindical comentou que estas são as empresas que mais precisam dos apoios e que não faz sentido justificar com um risco inerente. "Todas as empresas em Portugal, pequenas e grandes, que têm capital financeiro, que têm sustentabilidade e até têm estado a recrutar no mercado - casos excecionais de alguns setores -, têm viabilidade, e não é para elas que é necessário o capital financeiro ou garantias do Estado."

"O problema coloca-se na avaliação de risco de crédito que a banca está a fazer. Estas coisas demoram imenso tempo, e deveriam ser concluídas em três, quatro, cinco dias, uma semana, no máximo. As empresas querem pagar os salários de abril. Como vai ser o futuro?"