Numa avaliação à entrevista de ontem do Presidente da República à RTP, o Secretário-geral da UGT considerou que o Chefe de Estado transmitiu serenidade e mostrou “cumplicidade com o Governo no sentido de se reforçarem as medidas de combate à pandemia”.

Em resposta à possibilidade de o Governo poder recorrer a funcionários públicos para reforçar as equipas de saúde que fazem rastreios e acompanhamento de casos suspeitos de infecção, Carlos Silva, afirma que cabe ao Executivo avaliar essa questão, devendo ser chamados os funcionários públicos habilitados profissionalmente para as questões de saúde, sob pena de “um alastramento a toda a Função Pública poder ter alguns riscos”.

Para Carlos Silva é essencial “avaliar as capacidades de resposta do SNS para reforçar a prevenção dos portugueses”.

O líder da UGT assumiu ainda não ter qualquer objecção ao recolher obrigatório, apesar de não ter sido esta a opção do Governo. 

Em relação aos trabalhadores e à obrigatoriedade do teletrabalho, o dirigente sindical vê com bons olhos esta medida, desde que sejam aplicadas regras, algumas delas já sugeridas pela central em sede de concertação social.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, recebe esta terça-feira a delegação da UGT, composta pelo seu Secretário-Geral e a Presidente, para os ouvir sobre o eventual estado de emergência.

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