A UGT participou na 5.ª edição do Terra Justa – Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade, que decorreu de 3 a 6 de Abril,em Fafe, e trouxe a debate três temas centrais: a saúde, o trabalho e a liberdade.

O primeiro dia de encontro foi dedicado à Organização Internacional do Trabalho (OIT) tendo terminado com uma homenagem a esta organização, no ano em que a mesma comemora o seu centenário, pelo seu papel na promoção dos direitos no trabalho, na luta por condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas. A OIT é o organismo criado em 1919, que integra o sistema das Nações Unidas e que conta com cerca de suas centenas de países, com dezenas de escritórios espalhados pelo Mundo, tendo a sua sede em Genebra, na Suíça.

À noite na homenagem estiveram presentes no Teatro Cinema de Fafe os representantes governamentais, dos empregadores e trabalhadores, na lógica que sustenta a OIT.

A UGT esteve representada neste fórum pelo seu Secretário-geral, Carlos Silva, que no seu discurso relacionou o papel da OIT com os princípios basilares da doutrina social da Igreja, sublinhando que “o caminho do diálogo social não é fácil”, mas pretende encontrar “denominadores comuns e compromissos”.

O futuro do trabalho é uma das prioridades na reflexão proposta pela OIT, a assinalar o centenário da sua criação. Helena André, diretora executiva do departamento da OIT para as atividades dos trabalhadores da OIT, em representação do presidente da organização, sublinhou que as “desigualdades estão a aumentar com novas formas de trabalho precário”, por via, por exemplo, das plataformas digitais. E deixou duas perguntas ainda à espera de resposta: “Como garantir a proteção dos trabalhadores ‘invisíveis’, que estão numa ‘nuvem’? Como complementar o trabalho humano com as novas tecnologias e a robotização?” Este é “o equilíbrio a fazer”, concluiu, “com capacidade de diálogo para encontrar novas formas de governança no trabalho”.

À tarde, numa das Conversas de Café, a UGT fez-se igualmente representar pelo Secretário-geral Adjunto, José Cordeiro, que perante uma plateia informal alertou para a pressão sobre a Segurança Social, sujeita a um “ataque desenfreado capitalista para que passe para mãos privadas e deixe a gestão pública”.

A edição de 2019 do Terra Justa - Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade, promovido pelo Município de Fafe, homenageou a Organização Internacional do Trabalho, a Obra Vicentina de Auxílio ao Recluso e ainda o anterior diretor geral de saúde, Francisco George, bem como, a título póstumo António Arnaut.

(Créditos: Fotos cedidas pelo Município de Fafe)