17 maio 2019
SPZC repudia agressão a professora em escola de Gaia
Este acontecimento violento é resultado do desrespeito e da desconsideração a que os educadores e professores portugueses têm sido sujeitos nos últimos tempos, especialmente da parte de quem deveria estar na primeira linha da sua defesa: o Governo. Basta. O poder político tem a obrigação de contribuir para a recuperação da autoridade dos docentes
O SPZC expressa a mais profunda solidariedade à sua associada e manifesta o mais veemente repúdio pela agressão gratuita e miserável de que foi alvo na Escola Básica do Campolinho, em Valadares, Gaia.
É inadmissível que um docente possa estar sujeito a atitudes que desconhecem o valor das relações sociais e se reduzem a comportamentos dum primitivismo inexplicável.
As sociedades que perfilham os direitos e os deveres das democracias avançadas pugnam pela paz, pela civilidade, estabilidade, justiça social e, entre outros, pelo altruísmo e respeito pela individualidade humana, cabendo ao ensino e à educação um papel ímpar na concretização desses princípios maiores em que o papel do professor assume um lugar cimeiro e inigualável. Este desiderato exige contudo, respeito pela autoridade e profissionalidade docente.
Infelizmente, nos últimos tempos têm sido muitos os sinais dados em sentido contrário, especialmente da parte de quem deveria dar o exemplo: a tutela e, em geral, o poder político.
Os educadores e professores têm sido sistematicamente apoucados e diminuídos
O episódio de Gaia é o exemplo do que não pode, não deve jamais acontecer. Por isso, não sendo este um caso isolado, o SPZC não pode deixar de questionar o ME sobre o porquê destas ocorrências. A facilidade com que sucessivos Governos denegriram a imagem e o papel dos professores, parece ter sido apreendida pela sociedade e começa infelizmente a ter os seus resultados.
Todos se acham no direito de contestar, censurar e alguns até de ir mais longe na forma questionar a sua função.
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