O Secretário-geral do Sindetelco afirmou hoje, em conferência de imprensa, com as restantes estruturas sindicais que agendaram a greve geral e a manifestação da próxima sexta-feira, que “está fora de questão” a desconvocação da greve e a desmobilização da manifestação, “ a não ser que o Governo venha anunciar a reversão da privatização".

José Arsénio frisou, que estas acções “não têm nada a ver com política”, mas sim “com a unidade por um objetivo que é comum", desde logo por abranger autarquias de diferentes partidos e população de todo o país.

As organizações sindicais e Comissão de Trabalhadores estão juntos na mesma luta porque acreditam que ainda é possível a reversão da privatização e garantem que se o Executivo não tomar medidas até 2020, quando existir a renegociação do contrato de concessão, a marca CTT e o futuro do serviço postal em Portugal poderão estar comprometidos.

Em causa está também a redução de trabalhadores que deverá ter um número superior, segundo os sindicatos, para quem os 800 funcionários apontados correspondem às "saídas naturais", somando-se 600 funcionários a termo.

Os sindicatos acrescentam ainda que está em causa o fecho de mais de 40 estações de correio em todo o país, mais do que as 22 inicialmente anunciadas.

As organizações sindicais estão contra a solução encontrada de se criarem postos dos CTT em mercearias, juntas de freguesias ou papelarias e alertam para os problemas com a privacidade da correspondência que é processada. Além disso, existirão serviços como a subscrição de certificados de aforro ou o levantamento de reforma que deixarão de ser possíveis, recordaram.

Outra das preocupações levantadas é o facto de que, em alguns casos, esse serviço público estar já a ser pago pelo próprio Estado.

Veja a conferência do Secretário-geral do Sindetelco na integra no link abaixo