O Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, levou esta terça-feira ao encontro com o Presidente da República aquela que é a grande preocupação da central em relação aos postos de trabalho, dado que muitas empresas estão a aproveitar-se da crise causada pela pandemia da covid-19 para despedir.

“Deixámos-lhe a mensagem de que ninguém deve ser deixado para trás, pois não queremos que surja convulsão social por falta de apoio às famílias", afirmou o líder sindical naquela que foi a última reunião de uma ronda de encontros do Presidente da República com os parceiros sociais.

A UGT aproveitou para denunciar junto de Marcelo Rebelo de Sousa os casos de "assédio moral" de que estão a ser vítimas muitos trabalhadores, a quem tentam reduzir a remuneração e os direitos ou o posto de trabalho.

O líder da UGT considerou importante os apoios que estão a ser facultados às empresas, mas defendeu que, para acederem a eles, têm de garantir os empregos e os direitos dos trabalhadores.

"É preciso pensar nas empresas, mas também é preciso pensar nos trabalhadores, porque existem muitas empresas sem escrúpulos", afirmou Carlos Silva, acrescentando que há empresas a aproveitar-se da situação causada pela covid-19 para despedir trabalhadores sem justificação e para equilibrar contas que já estavam mal.

“O apelo que fizemos ao senhor Presidente da República é que se consiga um equilíbrio entre o económico e o social”, concluiu o líder da UGT.

(Fonte: RTP3)