06 outubro 2018
Milhares de professores e educadores na manifestação nacional em Lisboa
No dia em que se assinalou o Dia Mundial do Professor e depois de o Governo na véspera ter aprovado um Decreto-Lei sobre a recuperação do tempo de serviço, os Professores e Educadores de todo o país decidiram mostrar na rua, numa grande Manifestação Nacional, a sua insatisfação e sentimento de desvalorização do trabalho realizado.
Neste protesto os profissionais docentes da educação mostraram a uma só voz que exigem que os 9 anos, 4 meses e 2 dias de serviço congelado seja contabilizado na totalidade, além de outros temas como as regras de acesso à aposentação, que se reconheça o especial desgaste físico, psíquico e psicológico que a profissão provoca, que tem de haver limites no tempo de trabalho que não podem ser ultrapassados e na resolução da situação da componente letiva e não letiva.
Antes do arranque da manifestação, o Secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE) lembrou na sua intervenção que "nós, educadores e professores portugueses merecemos respeito porque temos desenvolvido a nossa atividade profissional com dedicação e com resultados que são reconhecidos a nível nacional e internacional" acrescentando ainda que "o lamentável processo que está a constituir a recuperação de todo o tempo de serviço que esteve congelado vem apenas somar-se a outras situações que constituem exatamente a ausência de medidas de promoção dos educadores e professores portugueses. Mas nós não desistimos".
Também no palco montado pela UGT, junto ao Instituto Superior Técnico, estiveram presentes os Secretários-gerais da UGT e da FESAP, Carlos Silva e José Abraão, respetivamente.
José Abraão no seu discurso garantiu que não iria abandonar os professores nesta luta e que não existem funcionários públicos de primeira e de segunda categoria.
Já o líder da UGT reafirmou que “somos contra os apagões da vida de quem trabalha”, considerando que é inaceitável “varrer” da vida dos docentes todo o tempo em que os professores trabalharam, porque estes trabalhadores merecem respeito e o reconhecimento do seu trabalho.
Além da FNE, estiveram também presentes os dirigentes de sindicatos filiados na UGT, como o SINAPE e o SINDEP.
Intervenção do Secretário-geral da FNE, João Dias da Silva
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