A UGT-Madeira realizou no dia 16 de Fevereiro o seu III Congresso, que elegeu Ricardo Freitas para cumprir o seu terceiro mandato à frente da união regional.

No seu discurso na sessão de encerramento do congresso o líder eleito afirmou que a taxa de desemprego na região autónoma continua a ser a “mais alta do país”, contudo reconheceu que tal resulta do impacto do regresso de emigrantes da Venezuela.

Ricardo Freitas esclarece que o executivo madeirense tem feito algum esforço para alterar esta situação, mas indicou que a taxa de desemprego de 8,8% é um claro sinal de dificuldades, embora admita que a percentagem aumentou com o regresso de emigrantes da Venezuela, cerca de 7 mil desde 2016.

A sessão de encerramento contou também com a presença do Secretário-geral da UGT. Carlos Silva, que na sua intervenção destacou o papel da UGT na obtenção de “acordos essenciais” para a consolidação da democracia e manutenção da paz social, advertindo contudo que a central sindical “não tem medo de ir para rua”. O líder da UGT destacou ainda algumas das medidas positivas adotadas pelo governo madeirense, dando como exemplo a exclusão da representação da CGTP-IN do Conselho Económico e Social e o aumento do salário mínimo para um valor superior ao nacional (615 euros).

Ainda na sessão de encerramento, o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, sublinhou a questão da taxa de desemprego ter baixado de 18% em 2012 para 8,8% em 2019. Destacou ainda o descongelamento de carreiras no arquipélago que abrangeu em 2018, cerca de 9.500 funcionário públicos, um processo de representou um esforço de quase três milhões de euros para o Governo Regional.