A UGT manifestou a sua solidariedade com a luta dos jornalistas e marcou presença ontem no Largo de Camões, representada pelo seu Secretário executivo, Carlos Alves, e pela Secretária Geral do SMAV, Clarisse Santos.

A UGT reiterou a sua solidariedade com estes profissionais, acompanhando as reivindicações de luta por condições de trabalho dignas, por aumentos salariais e um efetivo combate à precariedade. Recorde-se que a central sindical havia manifestado a sua solidariedade com a aprovação de uma moção na última reunião do Secretariado Nacional (ver AQUI).

Este dia de luta e de greve ocorre num momento em que a comunicação social enfrenta desafios sem precedentes, nomeadamente no que se refere às fontes de financiamento. Antecedendo esta paralisação, o Grupo Global Media anunciou um despedimento coletivo, situação que fragiliza a liberdade de informação e o pluralismo, colocando em causa um dos pilares fundamentais da nossa Democracia.

Por isso reafirmamos que «é lamentável que, nos 50 anos do 25 de Abril, um pilar fundamental da Democracia esteja tão ameaçado», que «jornalismo precário não é Jornalismo livre» e que «uma Democracia não sobrevive sem jornalismo de qualidade».

Pela dignidade do jornalismo, pela defesa da Democracia.

 

Quais são as reivindicações dos jornalistas?

Entre as exigências da greve estão aumentos salariais acima da inflação acumulada nos últimos dois anos a melhoria da remuneração dos freelancers, a garantia de um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira, o pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário, a remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno, e em fins de semana e feriados, o fim da precariedade "generalizada e fraudulenta no setor", o cumprimento do Código do Trabalho e do Contrato Coletivo da imprensa, alargando-o ao setor audiovisual e da rádio.

Os jornalistas exigem também a justa remuneração para quem cumpre o estágio que é obrigatório para aceder à profissão e a intervenção do Estado na garantia de sustentabilidade financeira do jornalismo, bem como a revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo.