A Federação Nacional da Educação (FNE) considerou hoje que a interrupção das aulas, por 15 dias, é "uma solução de recurso incontornável" perante o agravamento da pandemia da Covid-19, apesar do seu "impacto extremamente negativo".

Reagindo ao anúncio feito pelo primeiro-ministro, o Secretário-Geral da FNE, João Dias da Silva, disse que o encerramento das escolas, a partir de sexta-feira e durante pelo menos 15 dias, levando à interrupção das aulas, é "uma solução de recurso incontornável perante a evolução da pandemia" e atendendo a que "não foram garantidas as condições para haver ensino remoto".

A medida, sendo necessária para "garantir a saúde", tem, para João Dias da Silva, contudo, "um impacto extremamente negativo", sobretudo para "os mais desfavorecidos e os mais desprotegidos", e vem "acentuar fragilidades" do ensino, em que alunos "não tiveram professores" durante o primeiro período letivo.

A FNE, que na segunda-feira defendeu em comunicado a suspensão do ensino presencial, pede que a interrupção das aulas nas escolas dure "o tempo considerado imprescindível", renovando o apelo à tutela para que dote as escolas dos "recursos indispensáveis", como professores, técnicos e equipamento informático, que garantam a retoma do ensino presencial.

"Não é a mera contabilização de dias", sustentou.

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