Os líderes da FESAP e da FNE, José Abraão e João Dias da Silva, respectivamente, realizaram no dia 15 de Fevereiro uma conferência de imprensa conjunta em Lisboa, onde consideraram que o segundo dia de Greve registou uma adesão massiva por parte dos trabalhadores da Administração Pública, de norte a sul do país e também dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, em todos os setores de atividade.

Os dois líderes sindicais referiram que a percentagem total de adesão ronda os 80 por cento, destacando porém o setor da Educação como um dos mais afetados, com mais de 90 por cento das escolas encerradas ou a funcionarem com grandes limitações, e os setores da saúde e das autarquias como tendo registado adesões que ultrapassam os 80 por cento.

Nas finanças, justiça, segurança social, entre outros setores, registaram-se também percentagens de adesão muito elevadas.

José Abraão e João Dias da Silva reivindicaram novamente a uma só voz a necessidade urgente do Governo respeitar os compromissos assumidos e iniciar processos negociais que tenham em vista o alcance de resposta às reivindicações dos trabalhadores, sobretudo as que estão relacionadas com as remunerações e com as carreiras.

Caso o Governo não dê as respostas esperadas, as duas Federações prometeram avançar para novas formas de luta, deixando desde já pré-agendada para março uma vigília de dirigentes sindicais junto da residência oficial do primeiro-ministro.

"Estão sempre em aberto novas formas de luta, juntamo-nos a quem for necessário enquanto sentirmos que temos razão", reforçou o dirigente sindical adiantando que a vigília frente à residência oficial do primeiro-ministro, António Costa, é uma forma de "iluminar" o Governo para os problemas do setor.

Por sua vez, o dirigente da FNE salientou o "desgosto" dos trabalhadores face às expetativas criadas, pelo que estes estarão disponíveis para encarar novas ações de protesto "dentro do quadro da estrita legalidade", disse.