Os números oficiais demonstram que os níveis salariais na Europa estão diretamente ligados com a cobertura dos trabalhadores pela negociação coletiva.

Em nove dos dez Estados-Membros da UE com os salários médios e mínimos mais baixos, apenas 7% a 30% dos trabalhadores beneficiam de um nível salarial negociado pelos sindicatos.

Por outro lado, mais de 70% dos trabalhadores são abrangidos por negociação coletiva em oito dos dez países onde os salários são mais elevados.

Mas o problema existe em todos os países - existem 19 milhões de trabalhadores que não são abrangidos por negociação coletiva na Alemanha e 76 milhões (39% de todos os trabalhadores) excluídos em toda a UE.

A CES destaca os dados enquanto a Comissão Europeia considera a forma de implementar a promessa de Ursula von der Leyen de "garantir que todos os trabalhadores na nossa União tenham um salário mínimo justo".

A Comissão deverá apresentar a sua iniciativa a 28 de outubro. A CES apela a uma Diretiva que garanta que os Estados-Membros não possam fixar salários mínimos abaixo do limiar de risco de pobreza *, e ainda que proteja e promova a negociação coletiva em todos os Estados membros.

A Secretária Geral Adjunta da CES Esther Lynch declarou:

“As evidências são claras: os salários são mais baixos onde a negociação coletiva é mais fraca. Qualquer legislação europeia credível de combate a salários baixos e injustos deve incluir medidas de reforço da negociação coletiva.

“Existem atualmente 76 milhões de trabalhadores em toda a UE excluídos dos benefícios de um acordo coletivo, o que significa salários mais baixos e maior desigualdade em todos os estados membros.

“A Comissão deveria exigir a promoção da negociação coletiva por parte dos Estados membros, a par da garantia do acesso dos sindicatos aos locais de trabalho e dos gastos do dinheiro público em empresas que negociam salários”.

Leia a press release da CES traduzida em português

NOTA: Tradução da responsabilidade da UGT