(...) "Esperamos que o Parlamento Europeu altere e corrija alguns pontos cruciais, incluindo o risco de condicionalidade negativa imposto pelas Recomendações Específicas por País e pelo Semestre Europeu. Da mesma forma, constituiria um grande trunfo uma perspetiva mais ampla dos planos de recuperação, vinculando-os à implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, ao crescimento e ao emprego sustentáveis.

Devemos agora garantir que o travão de emergência e os planos nacionais de reforma não levem a mais austeridade como aconteceu na última crise, o iria favorecer os populistas de toda a Europa. A conferência sobre o Futuro da Europa deverá considerar as alterações necessárias na governança da UE, já que atualmente os governos nacionais e em especial os principais partidos estão a exercer um Euroceticismo brando, durante as negociações no Conselho, em troca de ganhos eleitorais de curto prazo, algo que foi dolorosamente evidente nos últimos dias com a miopia dos já referidos 'quatro frugais'. Isto não apenas impede que o bem comum esteja em cima da mesa - silenciado por ensurdecedores interesses nacionais -, mas também nos leva a um caminho já anteriormente percorrido, em particular pelo Reino Unido, cujo fim infelizmente todos conhecemos.

Apelamos, portanto, às instituições e aos governos da UE a que não repitam os erros da última década e a que permitam que os fundos ajudem os necessitados e a que garantam que as reformas contribuam para um funcionamento melhor e mais justo."

Leia a Declaração do Presidente do Grupo dos Trabalhadores do CESE, Oliver Ropke no link abaixo