O III Congresso da UGT-Castelo Branco, que se realizou este sábado, dia 7 de Abril, no Hotel Rainha D. Amélia elegeu Daniel Matos como o novo Presidente da união distrital.

Este congresso contou com a presença do Secrertário Geral Adjunto da UGT, Luís Correia, que fez a abertura dos trabalhos, e do Secretário-geral da UGT, Carlos Silva, na sessão de encerramento, assim como do Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, entre outros convidados da área político-sindical.

No discurso de tomada de posse, o recém-eleito Presidente da união distrital afirmou que no seu mandato “o objectivo é local e distrital, combater a precariedade no distrito, tentar ajudar as entidades a fomentar mais emprego no distrito para que os jovens se mantenham por cá. São esses os desafios.”

O novo presidente, dirigente do SBSI, acrescentou que os sectores da agricultura, da banca e da educação terão especial atenção neste mandato, embora Daniel Matos não queira restringir a actuação a estas áreas. “Temos sempre a preocupação de ter uma diversidade de sindicatos e conseguir abranger a maior parte dos setores. Foi isso que aconteceu no anterior secretariado e o que acontecerá agora neste. É fundamental que eles nos tragam os problemas que existem em todos os setores, para nós podermos atuar”, adiantou.

A sessão de encerramento contou com a intervenção do Secretário-geral da UGT, na qual reforçou a importância da representação da UGT a nível distrital.

“As UGTs regionais foram uma grande conquista no Congresso Nacional, em 2009. Apesar de sermos um país pequeno, temos muitas desigualdades e assimetrias. O Interior foi esquecido. Precisamos de uma UGT forte em Castelo Branco, que saiba falar com toda gente e esteja de mãos dadas com o poder local”, afirmou.

Carlos Silva defendeu que os portugueses têm de “reconquistar aquilo que perderam” e que as empresas têm de “pagar salários dignos”. O líder sindical criticou a postura dos Sindicatos entre 2011 e 2015, quando o país esteve sobre intervenção internacional, e que isso prejudicou a forma como os mais jovens olham para o setor sindical.

O Secretário-Geral da UGT deu o exemplo internacional para explicar como o setor sindical funciona mal em Portugal.

“O Luxemburgo, o Brasil, Espanha têm várias centrais sindicais e não as vejo atacarem-se umas às outras. Estão juntas na rua pela defesa dos trabalhadores. Isto em Portugal é impossível. Há uma desvalorização da UGT, mas há muitos setores que só querem negociar connosco e os outros Sindicatos vão a reboque”, concluiu.

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