O Centro de Relações Laborais (CRL) apresentou no dia 02 de julho, o Relatório Anual sobre Emprego e Formação Profissional 2018, numa sessão presidida pelo Secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita.

O documento tornado público disponibiliza um conjunto de informações sobre as questões do emprego e formação profissional, bem como de outras variáveis relacionadas com o mercado de trabalho português, nomeadamente as matérias de segurança e saúde no trabalho, que contribuem para uma melhor compreensão do contexto do mundo do trabalho e da situação económica que o enquadram.

O relatório apresentado confirma que desde 2015 foram criados 150 mil empregos para trabalhadores entre os 55 e os 64 anos, o que representa um aumento de 22.2%, tornando este intervalo etário como aquele em que se regista o maior crescimento do volume de emprego.

Em termos globais, o volume de emprego em 2018 atingiu o valor mais elevado dos últimos nove anos (com mais de 4.6 milhões de pessoas empregadas). Contudo, no último ano, o número de pessoas empregadas foi menos do que aquele que se verificou no ano homólogo (2017). “O aumento do emprego permitiu que a taxa de emprego tenha chegado aos 55%”, como refere o relatório, que acrescenta também que tal como 2017, Portugal superou a média comunitária neste ponto.

O relatório acolheu um conjunto de matérias adicionais propostas quer pelos diferentes membros do Plenário do CRL, quer pela Comissão Científica para o Emprego e Formação Profissional do CRL, questão destacada pelo Presidente do CRL, Sérgio Monte, que ressalvou o papel do CRL e os resultados por ele produzidos considerando que “são emblemáticos do que é e deve ser o diálogo social tripartido”.

Em relação ao conteúdo do relatório, Sergio Monte destacou “os importantes progressos registados pelo mercado de trabalho, a que não são alheios o crescimento económico e as políticas públicas adoptadas”. Apesar de “ainda não termos atingido o volume de emprego do pré-crise, ou ainda termos elevados níveis de segmentação, constatamos que tais progressos se traduzem na criação de postos de trabalho, na redução do desemprego e no aumento das taxas de actividade”. Concluiu afirmando que apesar dos sinais de melhoria verificados, as remunerações continuam baixas e a recuperação de salários lenta.

Consulte o Relatório AQUI

INTERVENÇÃO DO PRESIDENTE DO CRL

INTERVENÇÃO DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO EMPREGO