O Governo voltou a reunir-se com os parceiros sociais esta terça-feira para discutir o acordo de médio prazo sobre competitividade e rendimentos, naquela que é a terceira reunião da concertação social sobre o acordo e onde previamente já tinha sido estabelecido pelo Governo o objectivo de aumentos salariais no privado superiores à soma da inflação e da produtividade nos próximos quatro anos, apontando para 2,7% em 2020, 2,9% para 2021 e 2022 e de 3,2% para 2023.

No final da reunião, o ministro do Estado e da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira anunciou que o Governo iria deixar o cair o referencial geral para aumentos de salários e que iria agora apresentar “uma metodologia de fixação anual de referência para actualização dos salários, por sector, tendo em conta a evolução esperada e os ganhos de produtividade e inflação”. 

“Aquilo que precisamos de ter mesmo é uma metodologia que mereça o consenso dos parceiros sociais e que permita depois que, no exercício da liberdade sindical e no exercício da liberdade da negociação coletiva pelas associações patronais e pelas empresas, possamos todos contribuir para a concretização deste objetivo”, defendeu o ministro.

Perante o resultado a reunião, a Presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, em declarações aos jornalistas, afirmou que há intenção por parte da central em trabalhar no seguimento da proposta do Governo e espera pela próxima reunião de concertação, agendada para 12 de fevereiro, para perceber como se irá desenvolver o processo. 

“A UGT sempre entendeu que a questão da contração colectiva é fundamental, portanto é dentro da contratação colectiva que deve ser estabelecido o referencial”, acrescentou Lucinda Dâmaso.

Veja as declarações da Presidente da UGT no final da reunião