22 março 2020
Covid-19 - A pandemia que alterou as nossas vidas
A UGT encerrou as suas instalações no dia 18, na defesa dos seus 30 trabalhadores e dos seus dirigentes, mas também de todos quantos nos visitam e frequentam o nosso quotidiano, face a tempos estranhos que todos vivemos, onde o teletrabalho passou de uma figura jurídica do código do trabalho para a prática diária das nossas relações laborais, assim, como um estalar de dedos.
Mas não deixámos de desempenhar as nossas funções sindicais, com a nossa intervenção na concertação social, ainda que em teleconferência, para apresentarmos e defendermos a nossa visão em defesa dos trabalhadores e dos apoios sociais que devem ser tidos em conta pelo governo neste atípico período que atravessamos.
Mantemos uma ligação estreita com os nossos sindicatos e uniões distritais e regionais no levantamento das situações criadas por muitas empresas, face ao pânico dos encerramentos temporários de muitas, e das soluções encontradas por muitos empresários para que a economia não estagne e se possam manter os postos de trabalho, preservando a saúde de todos quantos garantem a viabilidade e sustentabilidade das empresas - patrões e trabalhadores.
Temos conseguido manter canais de informação on-line para que todos quantos nos procuram com as suas preocupações e problemas possam ser encaminhados para as desejáveis soluções.
Mantemos uma ligação regular com a comunicação social, onde a nossa voz e as nossas mensagens têm fluído com a possível atualidade.
Os nossos trabalhadores funcionam em rede, com o objetivo de não parar a nossa imensa rede de contactos nacionais e internacionais, informando os nossos parceiros europeus e globais - CSI, CES, CESE - da evolução da pandemia e das respostas das autoridades nacionais às gravosas consequências para a economia nacional, para as empresas e para o emprego.
Não nos cansamos de promover junto do governo a produção das melhores soluções na defesa de todos quantos combatem na linha da frente para estancar e vencer este inimigo invisível que nos ameaça - enfermeiros, médicos, auxiliares de saúde, técnicos de diagnóstico e terapêutica, investigadores e académicos, mas também trabalhadores de áreas essenciais à garantia de abastecimento de bens essenciais às pessoas e animais.
Tudo continuaremos a fazer e a desenvolver, de forma proativa para ajudar Portugal e os portugueses a ultrapassar, com êxito, esta etapa da nossa história comum.
E contamos com os nossos parceiros europeus no apoio de recursos e de decisões que nos ajudem a sentir, a todos, que a Europa não é uma miragem, mas sim um imenso coletivo, que é capaz de reagir, mesmo que tardiamente e de forma algo atabalhoada, na nossa defesa comum.
Este é o papel que a UGT, enquanto parceiro social, sabe e deve continuar a desempenhar.
Carlos Silva
Secretário-Geral da UGT
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