16 abril 2021
Ciclo de webinários sindicais FNE: | José Cordeiro: "O movimento sindical não pode deixar ninguém para trás"
José Cordeiro, Secretário-Geral Adjunto (SGA) da União Geral de Trabalhadores (UGT) e dirigente do Sindicato Democrático dos Professores da Grande Lisboa (SDPGL) foi o primeiro convidado do ciclo de Webinários com dirigentes sindicais "Desafios aos Sindicatos na pós-pandemia", organizado pela Federação Nacional da Educação (FNE) e pelo Canal4 da AFIET, que contou com a moderação de Pedro Barreiros, Vice-Presidente da AFIET.
O diálogo abriu com o dirigente sindical da UGT a defender que o futuro exige mudanças nas relações sociais, recordando que o papel do sindicato depende acima de tudo "daquilo que o sindicalista faz na procura por justiça aos injustiçados. A missão de um sindicalista é equilibrar as partes quando não há justiça, sendo que esse é, para mim, o grande objetivo da negociação coletiva". E acrescenta: “Na mitologia grega, na Caixa de Pandora ficou a esperança. E todo o movimento sindical se rege pela Esperança”.
José Cordeiro partiu para uma breve reflexão histórica sobre aquilo que foi a construção da UGT, nascida com Sá Carneiro e Mário Soares. E começou por fazê-lo recordando as palavras do político e professor universitário, Mário Sottomayor Cardia, para quem “a última das liberdades conquistadas com Abril foi a liberdade sindical", acrescentando depois a importância da UGT na democratização do movimento sindical em Portugal, que proporcionou o diálogo social, a negociação coletiva, o aparecimento de sindicatos democráticos, algo que demonstra o papel fundamental dessa conquista da central sindical.
Especialista em Filosofia Política e intervenção sindical, José Cordeiro não tem dúvidas que, vários desafios e conquistas depois, "a UGT tem hoje capacidade para se tornar na maior Central Sindical portuguesa. Acima de tudo, porque tem provado que consegue adaptar-se aos novos tempos, sem amarras ideológicas".
A UGT tem um foco muito relevante, que é a concertação social. Mas não vive só do panorama nacional, pois "a Central é reconhecida internacionalmente. Entre outras, a UGT tem reuniões na ONU, no FMI, na OCDE, na União Europeia e tem 'arcaboiço' para se aguentar, tendo até algo praticamente irrepetível que é o facto de Maria Helena André, sindicalista da UGT, ser Diretora do Departamento das Atividades dos Trabalhadores (ACTRAV) da OIT - Organização Internacional do Trabalho, em Genebra". Por outro lado, é a única central portuguesa na Confederação Sindical Internacional (CSI) e no Comité Sindical Consultivo da OCDE – TUAC.
Leia o artigo na íntegra no site da FNE em https://bit.ly/3aggAXy
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