12 fevereiro 2020
CES/ETUC | Aumentos Salariais não reflectem o aumento da produtividade na maioria dos Estados-Membros da U.E.
A produtividade aumentou mais do que os salários* na maioria dos Estados-Membros da U.E.
De 2010 a 2019, os salários aumentaram menos do que a produtividade no trabalho em 15 Estados-Membros da U.E., de acordo com os novos cálculos do Instituto Sindical Europeu (com base em dados da Ameco)
O CRESCIMENTO DOS SALÁRIOS FICOU ATRÁS DOS AUMENTOS DE PRODUTIVIDADE:
“35” pontos percentuais na Irlanda** (ver nota de rodapé)
17 pontos percentuais na Croácia
11 pontos percentuais em Espanha
9 pontos percentuais na Grécia e Chipre
7 pontos percentuais em Portugal
3 pontos percentuais na Bélgica, Holanda e Finlândia
2 pontos percentuais na Itália
1 ponto percentual na Áustria, Dinamarca e França
0.5 pontos percentuais na Eslovénia
0.2 pontos percentuais em Malta.
“A justiça e a teoria económica exigem que os aumentos salariais sigam os aumentos de produtividade” afirma Esther Lynch, Secretária-Geral Adjunta da Confederação Europeia de Sindicatos (CES) “ em vez disso, os trabalhadores perdem para os mais ricos".
“As empresas pagam mais aos seus accionistas e gestores, à custa dos seus trabalhadores"
“É uma redistribuição na direcção errada: roubar aos mais pobres para dar aos mais ricos".
“A União Europeia tem de implementar medidas de apoio a uma negociação colectiva mais forte.
Quando os trabalhadores podem negociar a sua justa parte dos ganhos de produtividade, o salário mediano aumenta, o que torna mais provável que 60% do salário mediano chegue a um salário mínimo como qual os trabalhadores possam ganhar a vida."
Notas
*Tecnicamente designado de 'compensação real por trabalhador' = salário, contribuições para a Segurança Social e benefícios por trabalhador a cargo do empregador, enquanto a produtividade é medida como PIB por trabalhador – ambos são ajustados pela inflação.
** Foram levantadas questões sobre o valor do PIB irlandês devido às actividades de várias multinacionais, embora os salários quase certamente fiquem atrás dos aumentos de produtividade.
Nota: Tradução da responsabilidade da UGT, baseada na versão inglesa da press release da CES
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