Centenas de bancários reformados, vindos de todo o País, concentraram-se esta quinta-feira, dia 6, junto à residência oficial do Primeiro-Ministro protestando contra a injustiça da exclusão e reivindicando o pagamento da meia pensão do “Pacote Legislativo” que visa mitigar os efeitos da inflação. A iniciativa foi promovida pelos Mais Sindicato, SBC e SBN, que entregaram uma carta aos assessores de António Costa.

Muitas centenas de reformados e pensionistas bancários concentraram-se em S. Bento num reforço às diversas iniciativas de reivindicação do MAIS, SBC e SBN pelo pagamento da meia pensão extraordinária que o Primeiro-Ministro anunciou para todos os reformados portugueses e que será paga este mês, mas da qual os bancários estão a ser excluídos. 

No protesto, os bancários reformados vestiram t-shirts negras e empunharam cartazes reclamando contra a situação: “Governo está a discriminar os reformados bancários”, “Não aos filhos e enteados, portugueses de igual tratados” ou “Não à discriminação, temos direito à meia pensão”.

Além dos presidentes dos três Sindicatos da UGT, António Fonseca (MAIS), Mário Mourão (SBN) e Helena Carvalheiro (SBC), encabeçaram este protesto Lucinda Dâmaso, presidente, e o Executivo da central sindical.

Durante a tarde, uma delegação dos Sindicatos liderada pelos presidentes, com Mário Mourão desempenhando também a função de líder da UGT, entregou uma carta com os seus argumentos para esta reivindicação, tendo sido recebida por dois assessores do Primeiro-Ministro, que se encontra fora do País.

Após a ida a S. Bento, os Presidentes dos Sindicatos informaram aos manifestantes: “Não viemos com grandes certezas lá de dentro, e também não esperávamos isso. Mas vimos com a garantia de entrega da carta ao Primeiro-Ministro.”

“Nós precisamos de que os nossos reformados recebam a meia-pensão, seja através dos Fundos de Pensões, seja através da Segurança Social. Os nossos reformados têm direito a ser tratados de igual forma e esse é o compromisso dos Sindicatos aqui representados.”

E concluíram: “A luta tem de continuar e possivelmente vamos ter de voltar aqui ou a outros sítios.”

 

Reuniões com os bancos

Entretanto, decorrem reuniões entre o MAIS, o SBC e o SBN e os bancos, com o objetivo de sensibilizá-los para esta injustiça e reivindicar a meia pensão para os reformados e pensionistas bancários. 

Os Sindicatos aguardam desenvolvimentos a qualquer momento e esperam ter resposta em breve.