O Secretário-Geral da UGT, Carlos Silva, solicitou a intervenção urgente do Primeiro-Ministro no sentido de serem adotadas medidas urgentes que tornem mais abrangente a proibição da cessação de contratos de trabalho e que seja vedado o acesso a apoios a empregadores que tenham despedido ou pretendam despedir no presente e futuro próximo e uma maior proteção aos trabalhadores mais frágeis e vulneráveis no mercado de trabalho, impondo assim maior justiça e manutenção da capacidade produtiva.

Carlos Silva lembrou que todos os dias chegam à Central denúncias de trabalhadores que relatam o desaparecimento dos seus postos de trabalho ou que estão em perigo. Aliás, são os mais jovens que pagam esta crise com a renovação em massa de contratos a termo e de trabalho temporário.

O Secretário-Geral elogiou ainda a postura de António Costa na tentativa de preservar os postos de trabalho dos portugueses e as alterações à legislação, no que diz respeito ao layoff. Ainda assim, Carlos Silva deixa três pontos que podem ser decisivos na proteção dos trabalhadores:

•          A proibição generalizada da cessação de contratos de trabalho no recurso a qualquer medida aprovada pelo Governo de apoio aos empregadores;

•          Abranger os contratos terminados pelos empregadores antes da implementação das medidas, para evitar práticas abusivas como o despedir antes para pedir apoio depois;

•          Alargar o período de 60 dias após o termo da aplicação das medidas em que dura a proibição de cessação de contratos de trabalho, garantindo que a destruição de postos de trabalho não é apenas adiada para daqui a uns meses.

Carlos Silva aproveita ainda para reconhecer e saudar o enorme esforço que o Governo tem feito para proteger a vida dos portugueses e a celeridade com que tem tomado decisões. O Secretário Geral da UGT deixa ainda claro que o Executivo tem mostrado abertura para a inclusão de contributos que possam aperfeiçoar e melhorar o quadro atual e foi nesse sentido que, agora, o líder da Central apresentou propostas e soluções que visam melhorar a vida de todos os trabalhadores que, numa altura de grande pressão e receio, precisam também eles de uma palavra, mas sobretudo de ações que lhes ofereça esperança num futuro próximo.

Veja a carta enviada ao Primeiro-Ministro no link abaixo