A UGT assinalou o Dia do Trabalhador junto à Torre de Belém, numa iniciativa marcada pelo debate e reflexão sobre os desafios do futuro para o movimento sindical, pelo convívio e pela clara resistência da Central à retirada de direitos.

O dia de comemoração começou cedo nos jardins da Torre de Belém. Às 10 horas, os vários sindicatos filiados na Central abriam os seus expositores ao público. De seguida, deu-se início ao colóquio “Novos desafios, novas lutas”, onde os convidados abordaram o futuro do movimento sindical, designadamente o papel e a ação da UGT na defesa dos diretos dos trabalhadores.

A moderação do debate esteve a cargo do Secretário-geral Adjunto da UGT, Luís Correia e contou com a participação do vice-presidente da Central e presidente do SBSI, Rui Riso; do Secretário-geral da FNE, João Dias da Silva; da Presidente da Comissão de Mulheres, Lina Lopes; e do Presidente da Comissão de Juventude, Bruno Teixeira.

No final de um debate que contou com uma forte participação do público, ficou a certeza de que a UGT não se demitirá nunca do seu papel na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Depois disso, momento para a música, entretenimento que antecedeu os discursos político-sindicais.

 

Os discursos

 

Todos os elementos que compõem o Secretariado Executivo da UGT, os vice-presidentes, bem como os ex-secretários-gerais, Torres Couto e João Proença, foram chamados ao palco, num claro sinal de união entre todos os que fazem e fizeram parte desta Central.

O primeiro discurso esteve a cargo do Presidente da Comissão de Juventude, Bruno Teixeira, que durante a sua intervenção deu ênfase ao facto de os jovens serem o sector da sociedade portuguesa mais prejudicado pelas políticas de empobrecimento do Governo.

Seguiu-se a intervenção da Presidente da Comissão de Mulheres, Lina Lopes, que destacou o papel de todos os que, de alguma forma, têm lutado pela liberdade e direitos dos portugueses, no geral, e dos trabalhadores, em particular.

A Presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, referiu que “jamais poderá esquecer aquilo que se conquistou com o 25 de Abril e as lutas que continuarão a ser travadas por mais emprego e melhores condições de vida”.

Já o discurso de encerramento e de ovação estava reservado para o Secretário-geral da UGT. Na sua intervenção, Carlos Silva reforçou mais uma vez a determinação da Central em lutar pelo aumento do salário mínimo nacional logo após as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 25 de Maio.

Acusou o Governo de querer agradar às entidades empregadoras, introduzindo mais matérias, além do salário mínimo, num acordo de concertação social mais alargado.

Nas palavras de Carlos Silva, esta posição é um desrespeito e uma violência para quem tanto tem sofrido com os sacrifícios dos últimos três anos – os trabalhadores portugueses.

“Merecíamos outras políticas e uma clara sensibilidade social que privilegiasse o respeito por quem trabalha arduamente para merecer o seu salário”, acrescentou.

O Secretário-geral da UGT fez ainda um apelo aos trabalhadores para uma forte mobilização contra o “esbulho de direitos e de perdas salariais.”

No final dos discursos, foi tempo de Carlos Alberto Moniz subir a palco e animar a plateia com músicas dedicadas ao 25 de Abril e à liberdade.

Foi com esta atuação que terminou mais um dia de festa, mais um grande 1º de Maio da UGT.

 

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