28 abril 2014
1º de Maio – UGT exige novas políticas
A UGT assinalou o Dia do Trabalhador junto à Torre de Belém, numa iniciativa marcada pelo debate e reflexão sobre os desafios do futuro para o movimento sindical, pelo convívio e pela clara resistência da Central à retirada de direitos.
O dia de comemoração começou cedo nos jardins da Torre de Belém. Às 10 horas, os vários sindicatos filiados na Central abriam os seus expositores ao público. De seguida, deu-se início ao colóquio “Novos desafios, novas lutas”, onde os convidados abordaram o futuro do movimento sindical, designadamente o papel e a ação da UGT na defesa dos diretos dos trabalhadores.
A moderação do debate esteve a cargo do Secretário-geral Adjunto da UGT, Luís Correia e contou com a participação do vice-presidente da Central e presidente do SBSI, Rui Riso; do Secretário-geral da FNE, João Dias da Silva; da Presidente da Comissão de Mulheres, Lina Lopes; e do Presidente da Comissão de Juventude, Bruno Teixeira.
No final de um debate que contou com uma forte participação do público, ficou a certeza de que a UGT não se demitirá nunca do seu papel na defesa dos direitos dos trabalhadores.
Depois disso, momento para a música, entretenimento que antecedeu os discursos político-sindicais.
Os discursos
Todos os elementos que compõem o Secretariado Executivo da UGT, os vice-presidentes, bem como os ex-secretários-gerais, Torres Couto e João Proença, foram chamados ao palco, num claro sinal de união entre todos os que fazem e fizeram parte desta Central.
O primeiro discurso esteve a cargo do Presidente da Comissão de Juventude, Bruno Teixeira, que durante a sua intervenção deu ênfase ao facto de os jovens serem o sector da sociedade portuguesa mais prejudicado pelas políticas de empobrecimento do Governo.
Seguiu-se a intervenção da Presidente da Comissão de Mulheres, Lina Lopes, que destacou o papel de todos os que, de alguma forma, têm lutado pela liberdade e direitos dos portugueses, no geral, e dos trabalhadores, em particular.
A Presidente da UGT, Lucinda Dâmaso, referiu que “jamais poderá esquecer aquilo que se conquistou com o 25 de Abril e as lutas que continuarão a ser travadas por mais emprego e melhores condições de vida”.
Já o discurso de encerramento e de ovação estava reservado para o Secretário-geral da UGT. Na sua intervenção, Carlos Silva reforçou mais uma vez a determinação da Central em lutar pelo aumento do salário mínimo nacional logo após as eleições para o Parlamento Europeu, marcadas para 25 de Maio.
Acusou o Governo de querer agradar às entidades empregadoras, introduzindo mais matérias, além do salário mínimo, num acordo de concertação social mais alargado.
Nas palavras de Carlos Silva, esta posição é um desrespeito e uma violência para quem tanto tem sofrido com os sacrifícios dos últimos três anos – os trabalhadores portugueses.
“Merecíamos outras políticas e uma clara sensibilidade social que privilegiasse o respeito por quem trabalha arduamente para merecer o seu salário”, acrescentou.
O Secretário-geral da UGT fez ainda um apelo aos trabalhadores para uma forte mobilização contra o “esbulho de direitos e de perdas salariais.”
No final dos discursos, foi tempo de Carlos Alberto Moniz subir a palco e animar a plateia com músicas dedicadas ao 25 de Abril e à liberdade.
Foi com esta atuação que terminou mais um dia de festa, mais um grande 1º de Maio da UGT.
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