No dia em que se assinala do Dia Nacional da Igualdade Salarial, a presidente da Comissão de Mulheres da UGT, Cristina Trony, foi a convidada do Fórum TSF, onde defendeu uma maior fiscalização nas empresas para um combate efetivo à desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Para a dirigente sindical, apesar de existir uma lei que promove a igualdade salarial entre homens e mulheres, "há sempre formas de contornar a lei", sublinhando que a situação é mais notária "nos cargos de liderança e de topo" em que existe uma "sub-representação muito grande", bem como "nas chefias intermédias" em que a desigualdade não se centra tanto "no salário, mas nos complementos dados".

A Comissão de Mulheres defendeu ainda a necessidade de se avançarem com medidas que proporcionem uma maior conciliação entre a vida profissional e pessoal", defendendo, nomeadamente a implementação de licenças parentais "com "períodos iguais e obrigatórios" para homens e mulheres".

Os dados mais recentes da Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE), referentes a 2022, indicam que diferença salarial entre mulheres e homens foi de 13,2%, ou seja, "as mulheres ganharam menos 160 euros do que os homens". Já considerando os prémios e subsídios regulares "essa diferença aumentou para 16%, ou seja, menos 235 euros por mês".

Oiça as declarações da Presidente da Comissão de Mulheres no link abaixo